19 de set. de 2011

um tempo

o fim que pode ser o começo, um tempo, preciso de um tempo. essa é a nossa hora. a hora em que decidimos se é isso que queremos pra nós dois, se vai ter sol, suor e cafuné ou se teremos chuva, frio ou tristeza. eu te amo tanto, sou tão apaixonado por você, mas não quero um dia olhar pra trás e dizer que "não fui" o suficiente pra te amar pro resto da vida. precisa ser nós dois. é, eu acredito no "pro resto da vida" e quando as pessoas dizem "ah, se não der certo, separa" torço o nariz, faço cara feia. foi por isso que te pedi esse tempo.

um tempo pra mim, um tempo pra nós e um tempo pra você também pensar seu eu mereço. um lar com cheiro de sabonete de bebê não se constrói sozinho, não se mantém sozinho. reconheço que as pessoas tem problemas, que podemos (ou vamos) passar por problemas, mas transformar o dia a dia em um problema e permanecer mergulhado nele não faz parte da minha personalidade.

adoraria ter muitos filhos quase-japoneses-dos-cabelos-bem-pretinhos com você, mas eu não sei se seria feliz ao lado de uma mulher que não sente tesão pela vida, que não sente calor ao ser tocada por um nariz gelado, que não vê beleza nos passos cautelosos de um gato ou no abanar de rabo de um cachorro vira-latas desconhecido mendigando por carinho.

mas eu sei que não vai ser assim e é por isso que eu preciso pensar.

as vezes penso que sou eu - homem heterossexual, que gosta de cerveja, churrasco e futebol, pós-graduado e empregado - que vivo em um conto de fadas e que qualquer dia vou encontrar a tal bela adormecida esperando por um beijo meu. então, pense que pode ser você, deseje que ela seja você. por favor. te prometo um final feliz.

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