25 de mar. de 2009
repetição (ou repetidas frases, palavras soltas, frases soltas, palavras repetidas)
os olhos de Tales e Laura não se encontraram naquela noite. o hálito perfumado dele brincou por seu corpo, pelos poros, pelos lábios grossos e por sua mente. mas ele não estava lá. com as mãos trêmulas Laura tocava os lábios, devagar, tentava copia-lo, copiar seus carinhos, sentir seu beijo, tentava na verdade imitar as mãos delicadas. mas as mãos dele e de Laura não se encontraram aquela noite. não estavam ali, ele estava longe. ela nua se olhava no espelho. observava os contornos do próprio corpo, cada curva, segurava um dos seios - como Tales sempre fazia, pegava Laura pela barriga, a puxava pela cintura. amaldiçoou cada estria e depois riu de si mesma. Laura queria estar com os dedos emaranhados nos castanhos cabelos de Tales, segurando-o pelos fios, por um beijo, pelo sorriso, mergulhar em seus olhos negros. mas os olhos negros de Tales e Laura não se encontraram naquela noite. Laura não era mais menina. cresceu. hoje é uma mulher muito bonita. floresceu. lembrou daquele sorriso como uma pedrada no peito. forte, sem anestesia. era faca fria que Tales deixou cravada no seio esquerdo. ela só saudade, lembrança das tardes de uma vida de outrora. agora chora, se arrepia, toca o mamilo rijo e suspira, pede pra Oxum trazer seu amor de volta.
3 comentários:
posso ler essas coisas não...
muito romantico vc...
=´)
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