16 de mar. de 2009

malvadinha

é muita maldade isso que você faz comigo!
deitei ali agora pra dormir, descansar e esperar você e a próxima sexta-feira chegar. por isso, me esparramei na nossa nuvem, de braços aberto e com a cara e o nariz afundados no lençol - criei esse hábito depois que comecei a ficar sozinho em casa, aos domingos.

tomei um susto!!
quando olhei pro lado lá estava você. toda colorida, sorrindo pra mim. não acreditei. você espalhou seu perfume pelo lençol, colcha e travesseiro, danada! agora como você quer que eu durma? tem seu cheiro por toda casa!!

já não basta os fios de cabelo que acho no carro e no seu travesseiro? acordar de manhã e ver sua escova de dentes dentro do copo fazendo companhia a minha? voltar do trabalho sozinho e sorrir pra pessoas estranhas dentro de um metrô tão cheio e tão vazio?

pra você ter uma idéia, durante a semana, eu escondo seu chinelo dentro daquela nuvenzinha que fica do lado da nossa nuvem, só pra não me lembrar de você e dos nossos banhos demorados!

agora me diz, malvadinha: como vou dormir - sozinho - na nossa nuvem, tão grande, se não posso fechar meus olhos quando entro naquele quarto?

quando fecho meus olhos tenho certeza que você está lá do meu lado, toda quente com seus pés gelados, dormindo, sorrindo, me esperando. mas quando te abraço, tento apertar meu beijo no seu cabelo, quase morro, percebo que você não está.

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