19 de ago. de 2008

vacilo meu

a primeira coisa que notei, depois de ganhar um beijo sabor pêssego, foi que ela tinha pintado as unhas das mãos e dos pés de branco clarinho-quase-transparente. você está tão linda. a cor combinava com cada sorriso que ela mandava pra mim. meus olhos percorriam seu corpo como alguém traça uma rota num mapa. unhas dos pés pintadas de branco clarinho-quase-transparente, pés, coxa, coxas, rendinha da calcinha suplicando ar a calça jeans, ossinho da cintura, cintura, pêlos louros, batinha branca-transparente, sutiã branco, pintinha do pescoço, pescoço, pintinha perto do lábio, lábios, olhos, cabelo pretinho, sorri pra mim, olhos, boca, outro sorriso, braço, pêlos louros do braço, mãos, unhas brancas clarinho-quase-transparente. tento prestar atenção no trânsito e nas coisas que ela me fala, nos sorrisos que ela sussurra. me calo, se cala e ela aperta minha coxa direita. sem pensar eu falo: amor, quando chegar lá, vou morder cada um dos dedinhos do seu pé. pronto, falei. percebi o brilho daqueles olhos pretos por trás das lentes dos seus óculos. apertando ainda mais minha coxa ela escorregou um pequeno sorriso: de jeito nenhum, doutor tiago araujo. você sabe que eu MORRO de cócegas, nem pensar. é, eu sei. vacilo meu, devia ter ficado calado.

Um comentário:

Anônimo disse...

mmm...

'pronto falei'...

mmm....